segunda-feira, 9 de agosto de 2010

TUM-TUM-TÁ TUM-TÁ




Não quero aqui ficar fazendo uma espécie de “Discoteca Básica” pra ninguém, mesmo pq cada um tem seu gosto e não quero colocar isso em discussão.

Quero apenas usar esse espaço pra dividir minhas impressões quando, voltando pra casa depois de mais um domingo no sítio da minha avó (assunto pra outro post), entre a lombra pós-banho e o começo do sono, vi no Fantástico uns caras que tinham olhos que acendiam.


Na memória, ficou marcada aquela marcação: TUM-TUM-TÁ TUM-TÁ

Pirei na mesma hora e, o misto de medo e admiração pelos caras, que tinham os rostos pintados, me fascinavam juntamente com os fraseados distorcidos que aquela Gibson emanava (Ace ainda na banda), aquele baixo em forma de machado,
o sinal de bumbo-caixa da bateria, e me fizeram decidir naquele momento que um dia eu tocaria guitarra.

Eu tinha uns 6 ou 7 anos e ouvia, sem entender direito, algumas histórias de uma banda de Rock que viria ao Brasil, que matava pintinhos na bateria, cuspia sangue, tinha parte com o lado negro, dentre outras lendas urbanas da época.

Quando vi a capa azulada na SEARS de Botafogo (quem lembra ?), com aqueles mesmos olhos acesos, tive a certeza de que os havia encontrado.

Ali começou, mais do que minha paixão pelo KISS, a minha paixão pelo ROCK e pela distorção que o acompanha.

Algumas pedradas desse disco se tornaram uma constante naquele AP da Ilha quando minha mãe saía: War Machine, Creatures of the night (faixa-título), I Still Love You (ali eu vi que era possível uma música ser lenta e ter solos) e aquela que citei anteriormente, que dizia que os caras tinham pelo menos uma afinidade comigo, que era gostar de ouvir bem alto (I LOVE IT LOUD).

Eles fizeram o tal show, que obviamente não fui (pela idade e pelo fato de o Brasil ser outro à época), seguiram a vida, tiraram as máscaras, colocaram de novo, voltaram, separaram, voltaram de novo e continuam afiadíssimos no bom e velho Rock n´Roll.
Mas a magia já estava feita (pelo menos em mim) e, quando começo a tocar a “ROCK AND ROLL ALL NITE” no CD de play along, me lembro sempre do meu primeiro encontro com os caras que tinham olhos que acendiam ...

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